Em 1 ano, smartphones ficaram 88% mais caros. Veja o que está por trás dessa inflação dos celulares
Os preços dos smartphones no Brasil saltaram 88% em um ano, refletindo uma combinação de fatores como a alta do dólar e a implementação do 5G. Apesar do aumento no custo, vendas de celulares caem quase 10%, levando fabricantes a buscarem soluções mais acessíveis.
Dólar alto, crédito mais caro e avançados tecnológicos como 5G e IA pressionam os preços dos smartphones no Brasil, que subiram 88% entre 2024 e 2025, passando de R$ 1.361 para R$ 2.557.
Mesmo com baixo desemprego e renda em alta, o impacto dessa infl ação eletrônica foi notável, e as vendas de celulares caíram quase 10% em um ano.
A alta do dólar e a demanda por modelos sofisticados contribuem para o cenário desafiador. As fabricantes buscam adaptar portfólios oferecendo modelos mais acessíveis, mantendo elementos do 5G e soluções de IA, além de aumentar a nacionalização da produção.
Reinaldo Sakis, da IDC, menciona que a alta de juros (14,75% ao ano) e as tarifas dos EUA complicam a situação, com uma previsão de 38 milhões de unidades vendidas em 2025, refletindo uma queda de 6% em relação ao ano anterior.
A Apple lançará sua primeira produção local no Brasil, o iPhone 16e, por R$ 5.799, e a Samsung apresentou o Galaxy A06 5G a R$ 899. As operadoras têm aumentado a participação nas vendas de celulares.
Marcas chinesas, como Realme e Oppo, estão investindo na produção local. A Realme abrirá sua fábrica em Manaus e planeja lançar novos modelos a partir de R$ 1.799. A Oppo, em parceria com a Multilaser, amplia sua presença no Brasil buscando se posicionar entre as líderes de mercado.
A nova marca Jovi também iniciou a produção em Manaus, apresentando produtos competitivos adaptados às demandas locais.