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Em alegações finais ao STF, Anderson Torres nega relação com minuta golpista e omissão no 8 de janeiro

Anderson Torres busca absolvição ou envio do caso à primeira instância, alegando falta de responsabilidade pelos atos do dia 8 de janeiro. Ele e outros três ex-ministros enfrentam acusações sérias relacionadas ao golpe de Estado.

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, apresentou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13). Ele é acusado de integrar o “núcleo crucial” do plano para um golpe de Estado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Torres pede sua absolvição ou que o caso seja enviado à primeira instância da Justiça do Distrito Federal. Ele questiona a competência da Primeira Turma do STF e pede que, se mantido na Corte, o julgamento ocorra pelo Plenário.

Uma minuta com teor golpista, encontrada em sua residência, previa intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para bloquear a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, mas Torres nega envolvimento com o documento, alegando que ele não tem valor jurídico por não ter sua assinatura.

Além disso, o ex-ministro refutou a omissão nos eventos do 8 de janeiro, quando houve invasões por bolsonaristas. Ele afirma ter agido com diligência e dentro de suas atribuições para garantir a segurança.

O prazo para que os acusados enviem suas alegações finais se encerra hoje. Junto a Torres e Bolsonaro, estão envolvidos ex-ministros e outros grupos, acusados de associação criminosa, dano ao patrimônio, entre outros crimes.

Com as alegações finais apresentadas, a ação está na última fase antes do julgamento, que deve ocorrer em setembro. Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, pode enfrentar uma pena de até 43 anos em regime fechado.

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