Em artigo no New York Times, AGU diz que sobretaxas são infundadas e defende medidas recíprocas
Advogado-geral da União defende que sobretaxas dos EUA são desproporcionais e contrárias ao comércio justo. Ele afirma que o Brasil adotará medidas recíprocas se necessário, priorizando o diálogo e a cooperação.
Advogado-geral da União, Jorge Messias, publicou artigo no The New York Times, criticando as sobretaxas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros.
Messias classificou as tarifas como infundadas e desproporcionais, defendendo uma possível reação com medidas recíprocas.
Ele argumentou que a tarifa é:
- Desproporcional e contrária às regras do comércio justo;
- Prejudicial à segurança jurídica e às cadeias de suprimentos globais;
- Uma violação do espírito de cooperação entre Brasil e EUA.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão de Trump e afirmou que o Brasil buscará negociação, mas poderá responder por reciprocidade.
Trump já avisou que aumentará tarifas se o Brasil retaliar. Messias ressaltou a importância de uma resposta cuidadosa e baseada em princípios.
Ele também afirmou que a relação entre Brasil e EUA é madura e estratégica, defendendo que diferenças devem ser resolvidas com diálogo.
Messias rechaçou a decisão unilateral de Trump, que entrará em vigor em 1º de agosto, e citou dados que mostram superávits comerciais dos EUA com o Brasil.
Além disso, o advogado-geral rejeitou tentativas de interferência nos processos judiciais brasileiros e afirmou que o direito à liberdade de expressão é respeitado no Brasil, desde que não incite a violência.
Finalizando, Messias enfatizou que o Brasil escolherá engajamento e parceria em vez de escalada de conflitos.