Em caso inédito, ração tóxica causa a morte de ao menos 245 cavalos, diz Ministério da Agricultura

Contaminação de ração causa morte de 245 cavalos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou que a contaminação de rações da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda resultou na morte de 245 cavalos em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas.

A investigação, iniciada em 26 de maio, mostrou que apenas os equinos que consumiram a ração adoeceram, enquanto os que não ingeriram permaneceram saudáveis.

Entre os casos, destaca-se o de Quantum de Alcatéia, um garanhão avaliado em R$ 12 milhões, que morreu em Alagoas. No haras onde vivia, 69 cavalos morreram após ingestão da ração contaminada.

Resultados de análises dos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária revelaram a presença de alcaloides pirrolizidínicos, substâncias tóxicas como a monocrotalina, incompatíveis com a segurança alimentar animal.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, declarou que este é um caso inédito e ressaltou que a substância não deve estar presente nas rações. A contaminação se deu por falha no controle da matéria-prima, que continha resíduos de plantas do gênero crotalaria.

Consequentemente, o Mapa instaurou um processo administrativo e suspendeu a fabricação das rações. Apesar da interdição, a Nutratta conseguiu autorização judicial para retomar parte da produção.

O Mapa recorreu da decisão e afirmou que monitorará de perto a situação para garantir a segurança da saúde animal.

A Nutratta expressou sua solidariedade aos afetados e enfatizou seu compromisso com a qualidade dos produtos. A empresa afirmou que suas linhas de nutrição equina e bovina são desenvolvidas de forma independente e que não há evidências de contaminação em seus produtos para bovinos.

O ministério seguirá informado a sociedade sobre novas operações de fiscalização e ações corretivas.