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Em conflito com primeiro-ministro, presidente antissistema toma posse na Polônia

Nawrocki assume a presidência da Polônia em meio a uma intensa polarização política e promete uma atuação mais ativa que seu antecessor. A relação com o primeiro-ministro Donald Tusk será desafiadora, especialmente em temas como reforma judiciária e controle de imigração.

Karol Nawrocki, 42 anos, é historiador e agora boxeador, após sua eleição como presidente da Polônia em 6 de setembro, em Varsóvia. Ele entra em conflito com o primeiro-ministro Donald Tusk.

A polarização política na Polônia é acentuada. Tusk, um político de centro e pró-União Europeia, busca desfazer anos de estragos causados pelo PiS, partido do anterior presidente Andrzej Duda.

O sistema político polonês, parlamentarista, permite ao presidente propor e vetar legislações, conferindo peso ao cargo de Nawrocki. O novo presidente, apoiado pelo PiS, promete ser mais ativo que Duda e defende isenções fiscais.

Desafios para Tusk: ele enfrenta oposição no Parlamento e a necessidade de reverter reformas antidemocráticas no sistema judiciário. A Polônia já foi enquadrada no artigo 7 da União Europeia por violar o Estado de Direito.

Tusk visa resgatar políticas sociais, mas especialistas esperam um pragmatismo nas relações com Nawrocki, que o criticou como “o pior primeiro-ministro desde 1989”. Tusk mantém uma aprovação em queda, de 32% em junho para 50% pedindo sua renúncia.

Questão imigratória: sob pressão, o governo adotou controle de fronteiras controverso, permitindo ações de grupos de extrema direita. A posição incondicional contra a Rússia deve unir ambos na agenda polonesa.

Com previsões otimistas para a economia, a tensão política deve continuar até as próximas eleições parlamentares em 2027, com Nawrocki à frente do país.

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