Em constante mutação e com uso de IA, fraudes digitais aumentam e desafiam sistema financeiro
Fraudes no sistema financeiro brasileiro sobem 12,88% no primeiro semestre de 2025 em relação ao ano anterior. O Banco Central e a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Buscam intensificar a prevenção e a repressão a esses crimes.
Fraudes financeiras no Brasil crescem 12,88% no primeiro semestre de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, segundo levantamento do birô Quod.
O mês de abril teve o maior aumento, com registros passando de 180 mil para 377 mil casos.
O Banco Central (BC) prioriza a prevenção de fraudes até 2026, e instituições financeiras e órgãos públicos também estão focando no tema.
Em fevereiro de 2023, a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais foi lançada pelo Ministério da Justiça e pela Febraban, visando melhorar a colaboração entre entidades para combater esses crimes.
O grupo vai desenvolver um plano nacional com 23 iniciativas, segundo Marcelo Pimentel, coordenador da Aliança.
A prioridade inicial será a prevenção, oferecendo recursos educativos à população para que não caia em golpes.
Regulação: O BC não define procedimentos específicos de segurança, e muitas instituições ainda enfrentam dificuldades em reagir a fraudes.
- Instituições devem registrar indícios de fraudes em até 24 horas.
- No caso de fraudes via Pix, é possível bloquear contas e solicitar devoluções.
Embora o BC não exija requisitos técnicos rígidos, as instituições devem se antecipar a falhas de segurança, que podem resultar em perdas financeiras e sanções.
Segundo geraldo Guazzelli da Netscout, a popularização da inteligência artificial (IA) tem sofisticado ataques digitais, permitindo que criminosos montem fraudes com maior facilidade.
Guazzelli aponta que o combate exige uma combinação de: pessoas, processos e produtos.
A frequência e sofisticação dos incidentes destacam a necessidade do tema como prioridade para o BC.