Em contraste com EUA, China busca mais estudantes brasileiros

Estudar na China está se tornando cada vez mais popular entre brasileiros. O número de candidatos para cursos de instituições chinesas disparou, segundo William Guey, doutorando em engenharia industrial na Tsinghua.

Guey aponta que há um aumento significativo do interesse não só no Brasil, mas globalmente, como uma alternativa aos EUA e Europa. A concorrência por vagas aumentou mais de três vezes desde a pandemia.

O governo chinês, em contraste com a gestão americana, busca atrair mais estudantes internacionais. Na última quinta-feira (5), uma delegação chinesa começou uma visita à América Latina, com feiras na Cidade do México e em São Paulo.

A feira "Estude em Pequim" ocorrerá na ESPM, em São Paulo, e contará com representantes de diversas instituições, incluindo universidades menos conhecidas pelos brasileiros.

Esse evento segue o anúncio do líder Xi Jinping, que disponibilizou 3.500 bolsas e isenção de visto para estudantes de países latino-americanos, como o Brasil.

O interesse por estudar na China já era crescente antes das bolsas e das dificuldades nos EUA. Guey destaca vantagens como o custo acessível, a oferta de cursos em inglês e a ascensão das universidades chinesas em rankings globais.

Os gastos com alimentação são baixos, e os alunos podem residir no campus das principais universidades. Apesar de temer a língua, existem cursos em inglês disponíveis, e a Tsinghua oferece mais de 20.

A maioria dos brasileiros estuda em Pequim ou Xangai; recentemente, há um fluxo crescente para a Universidade de Zhejiang, situada em uma cidade símbolo de alta tecnologia.

A feira oferecerá 15 estandes para esclarecimento de dúvidas sobre cursos, acomodação, taxas e oportunidades de carreira. Além disso, é apoiada pelo portal Study in Beijing, que apresenta informações sobre 92 universidades.

Feira Educacional Estude em Pequim: terça (10), das 10h às 16h, ESPM, rua Dr. Álvaro Alvim, 123, Vila Mariana, São Paulo.