Em CPI das Bets, influenciadora Virgínia diz que não lucra com perdas de seguidores em jogos

Virgínia Fonseca, influenciadora digital e apresentadora, compareceu à CPI das Bets na terça-feira (13), onde negou lucros com base nas perdas de seus seguidores em contratos com empresas de apostas.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, solicitou que Virgínia entregasse os contratos com as empresas Esporte da Sorte e Blaze, com a qual ainda possui parceria. A influenciadora desmentiu uma matéria da revista Piauí e declarou que seus contratos "não têm nada de anormal".

As apostas esportivas online foram legalizadas em 2018 pela Lei 13.756, com novas regras em 2023 (Lei 14.790). A regulamentação total entra em vigor em janeiro de 2025.

A CPI investiga irregularidades no setor de apostas e o papel dos influenciadores na divulgação de jogos, como o Fortune Tiger. Em abril, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também foi ouvido pela CPI e informou que cerca de R$ 20 a R$ 30 bilhões são gastos mensalmente com apostas no Brasil. Ele esclareceu que a fiscalização é responsabilidade do Ministério da Fazenda.

No dia 12, durante a 12ª Semana Nacional de Educação Financeira (Semana Enef), representantes do setor de seguros debateram a educação financeira, observando que os brasileiros gastaram mais com apostas do que com seguros em 2024.

Um estudo da Anbima e Datafolha indica que aproximadamente 23 milhões de brasileiros (15% da população) apostaram em bets em 2024, um número superior ao de investidores em produtos financeiros como CDBs e fundos de investimentos.

A pesquisa revelou que a maioria dos apostadores é do gênero masculino e pertence à geração Z (16-28 anos), com participação significativa nas classes sociais C (17%), A/B (16%) e D/E (10%).

Com informações da Agência Senado