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Em crise com o agro, Lula anuncia Plano Safra empresarial

Lula lança o novo Plano Safra com investimento recorde no agronegócio, mas enfrenta tensões políticas com o Congresso. Programa visa fortalecer o setor agropecuário, exigindo novas condições para crédito e buscando reaproximar-se dos produtores.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta terça-feira (1º) o Plano Safra da Agricultura Empresarial 2025/2026 no Palácio do Planalto.

O novo programa destina R$ 516,2 bilhões ao setor agropecuário, um aumento de R$ 8 bilhões (1,5%) em relação ao ciclo anterior, sem considerar a inflação. No entanto, com a correção, o valor do ano passado é 4% maior que o deste ano.

O plano anterior alcançou R$ 508,59 bilhões. Uma novidade é a exigência de cumprimento das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para concessão de crédito de custeio agrícola.

Lula está acompanhado de ministros, incluindo Carlos Fávaro (Agricultura) e Geraldo Alckmin (vice-presidente). O programa oferece crédito subsidiado e políticas públicas para produtores de todos os portes, incluindo custeio da produção e investimentos em tecnologia sustentável.

O governo busca reaproximação com o setor agropecuário, historicamente alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) alegou não ter sido convidada, mas a Secom negou. Na tarde, farão uma coletiva on-line.

Além disso, Lula anunciou na segunda-feira o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, com recursos de R$ 89 bilhões.

Tensão política marcou o evento, com a AGU anunciando judicialização dos decretos que aumentavam o IOF. A comunicação ocorreu menos de uma hora antes do evento, representando uma escalada de ânimos com o Legislativo.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, havia avisado que as propostas teriam dificuldade de validação pela Casa.

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