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Em crise, Nissan terá novo CEO, troca diretoria e se prepara para tarifas de Trump

Ivan Espinosa assume a presidência da Nissan em meio a desafios crescentes, incluindo vendas fracas e a busca por um novo parceiro comercial. A mudança de liderança visa reposicionar a montadora para um crescimento sustentável e enfrentar o competitivo mercado automotivo global.

Nissan Motor está em transição de liderança após desafios, como vendas fracas e tentativas de fusão com a Honda.

Makoto Uchida, CEO desde 2019, deixará o cargo no fim de março. Seu substituto será Ivan Espinosa, atual diretor de Planejamento, que assume em 1º de abril.

A mudança ocorre em um ano turbulento para a Nissan, com necessidade de reestruturação e enfrentando incertezas no mercado. Espinosa, com 46 anos, tem experiência na empresa desde 2003 e buscará reposicionar a marca.

Uchida obteve lucros saudáveis em 2022 e 2023, mas o portfólio de modelos enfrenta dificuldades com a mudança para veículos híbridos e elétricos, principalmente na China, onde as vendas caíram mais de 9%.

Em novembro, Uchida anunciou um plano de reestruturação, incluindo a redução da capacidade de produção em 20% e corte de 9.000 empregos. O CEO se ofereceu para reduzir seu salário em 50% devido ao insucesso em adaptar a empresa às mudanças do mercado.

Tentativas de fusão com a Honda falharam, aumentando os desafios, como as possíveis tarifas sobre veículos importados dos EUA, o principal mercado da Nissan.

Espinosa terá a tarefa de estabilizar a empresa e explorar novas parcerias, após o colapso do acordo com a Honda. Rumores sobre uma parceria com a Foxconn estão em pauta.

A Renault, acionista da Nissan, apoia a nova liderança e expressa confiança no potencial da empresa para se reerguer. Espinosa é considerado um talento promissor e busca trazer estabilidade e crescimento à montadora.

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