Em defesa da AfD, EUA criticam a Alemanha por classificar o partido como extremista de direita
EUA criticam Alemanha por classificar AfD como extremista e defender monitoramento da oposição. Reação do governo alemão destaca a importância de combater o extremismo de direita em sua história.
Autoridades dos EUA acusaram o governo da Alemanha de cercear a oposição, após o serviço de inteligência germânico classificar o partido Alternativa para Alemanha (AfD) como extremista de direita.
O vice-presidente J.D. Vance criticou a decisão nas redes sociais, afirmando que a AfD é o partido mais popular na Alemanha e representa a Alemanha do Leste.
O secretário de Estado Marco Rubio também expressou seu descontentamento, pedindo que a Alemanha recuasse da decisão, chamando a ação de "tirania disfarçada".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha respondeu, afirmando que combater o extremismo de direita é essencial na democracia, mencionando o passado nazista como referência.
Rubio continuou seu ataque, afirmando que o extremismo real está nas políticas de imigração do establishment, às quais a AfD se opõe.
O Gabinete para a Proteção da Constituição da Alemanha destacou que a ideologia da AfD desvaloriza grupos populacionais, sendo incompatível com a ordem democrática.
Essa não é a primeira interferência dos EUA na política alemã; em fevereiro, Vance havia criticado a liberdade de expressão na Europa e o tratamento à AfD.
A AfD, fundada em 2013, obteve mais de 20% dos votos nas eleições de fevereiro, marcando um crescimento significativo, especialmente em estados da antiga Alemanha Oriental, superando os Democratas Cristãos (CDU).
O novo chanceler, Friedrich Merz, deverá assumir em 5 de março, após acordo com os social-democratas.