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Em evento no Catar, Trump diz que EUA irão transformar Gaza em ‘zona de liberdade’

Trump sugere transformar a Faixa de Gaza em uma "zona de liberdade" sob controle dos EUA. A proposta, que enfrenta resistência internacional, já foi alvo de críticas por violações ao direito internacional.

Doha - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou o desejo de assumir o controle da Faixa de Gaza em evento com empresários no Catar, nesta quinta-feira, 15.

Trump propôs que o território se tornasse uma “zona de liberdade” sob administração americana, considerando inaceitável a situação dos palestinos em meio aos escombros.

A ideia foi mencionada pela primeira vez em fevereiro, durante coletiva com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. Trump sugeriu que Jordânia e Egito poderiam acolher palestinos durante a transformação de Gaza, que se tornaria a “Riviera do Oriente Médio”.

A proposta enfrentou rejeição de países árabes e ocidentais, mas foi bem recebida por aliados de Netanyahu, interessados na saída voluntária de palestinos para novos assentamentos.

Trump declarou que 2 milhões de palestinos de Gaza não poderiam retornar após a reconstrução e afirmou que seu plano era uma “recomendação”, não algo obrigatório.

Segundo especialistas, transferências forçadas de população violam o direito internacional e constituem crime de guerra.

Após as declarações, o grupo terrorista Hamas rejeitou a ideia, afirmando que Gaza é um território integral e não um “bem imóvel à venda”.

Relatórios indicam que EUA e Israel contataram autoridades na África Oriental para discutir o reassentamento de palestinos, envolvendo Sudão, Somália e Somalilândia.

Sudan rejeitou as propostas, enquanto Somália e Somalilândia disseram não ter conhecimento de tais contatos, levantando questões sobre a viabilidade e legalidade da iniciativa.

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