Em leilão sem concorrentes, EcoRodovias mantém a concessão da BR-101 entre Bahia e Espírito Santo
A EcoRodovias mantém a concessão da BR-101, com investimentos de R$ 7,08 bilhões para obras e melhorias. O novo contrato se estenderá até 2043, visando acelerar a conclusão de projetos paralisados.
A EcoRodovias manteve a concessão da BR-101/ES/BA no leilão de otimização realizado na B3, em São Paulo.
O trecho, com 478,7 quilômetros entre Mucuri (BA) e Mimoso do Sul (ES), receberá investimentos de R$ 7,08 bilhões e retomar obras paralisadas.
A concessionária ofereceu uma tarifa de pedágio de R$ 0,5525 por quilômetro. Como não houve concorrência, a proposta da EcoRodovias venceu.
A concessão estava com a EcoRodovias desde 2013, mas em 2022 a empresa pediu devolução amigável à ANTT, alegando dificuldades financeiras.
O TCU aprovou uma solução consensual com otimização do contrato original e reprogramação de investimentos, permitindo que a concessionária continuasse a operar com novos termos.
Caso a relicitação tivesse sido decidida, os investimentos seriam suspensos e novos leilões levariam cerca de cinco anos.
As obras previstas incluem:
- 172 km de duplicação;
- 41 km de faixas adicionais;
- 51 km de contornos;
- 2 pontos de parada e descanso.
O contrato foi prorrogado por 10 anos, até 2043, com custos operacionais previstos de R$ 3,3 bilhões.
O Ministério dos Transportes busca colocar ordem nos contratos de concessão de rodovias, renegociando para acelerar investimentos e destravar obras paralisadas.
Pelo menos 14 concessionárias solicitaram adesão ao processo de revisão de contratos. O primeiro leilão de otimização ocorreu em maio, com a BR-163/MS, onde a Motiva manteve a concessão.
Outros contratos a serem repactuados incluem:
- Concebra (BR-060/153/262);
- Régis Bittencourt (BR-116);
- Fernão Dias (BR-381);
- Via Bahia (BRs 324 e 116).