Em Los Angeles, Haddad diz que governo brasileiro quer se aproximar dos EUA
Haddad destaca a crescente cooperação econômica entre Brasil e EUA, enfatizando oportunidades de investimento na infraestrutura e no setor digital. O ministro também conversou sobre a política tarifária americana e as tarifas impostas à América do Sul.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil está bem posicionado no cenário econômico e climático global e deseja se aproximar mais dos Estados Unidos.
Durante a Conferência Global do Milken Institute em Los Angeles, ele destacou a importância das complementaridades econômicas entre Brasil e EUA, que devem ser exploradas nas administrações Biden e Trump.
Haddad defendeu que o país se mantém numa posição mundial positiva ao promover o multilateralismo e manter relações com o Sudeste Asiático, União Europeia e EUA. Ele acredita que o Brasil está em uma posição favorável para uma reglobalização sustentável.
O ministro considerou a América do Sul como um território favorável a investimentos, com segurança jurídica, política e energética. Ele ressaltou a infraestrutura brasileira como atraente para investidores estrangeiros, citando melhorias na legislação de concessões e parcerias público-privadas.
A viagem de Haddad aos EUA visa apresentar o novo plano de investimentos em data centers, antecipando os efeitos da reforma tributária nesse setor. O objetivo é garantir desoneração de investimentos e exoneração de exportação de serviços relacionados a data centers.
Ele também afirmou que deseja que a economia digital brasileira seja digital e verde, utilizando energia limpa no processamento de dados.
Haddad acredita que as políticas do governo Lula, incluindo reforma tributária e papel do Brasil no G20 e na COP30, mostram a capacidade do país de crescer a uma taxa anual de 3%.
Em reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, Haddad discutiu a política tarifária dos EUA, argumentando contra tarifas impostas à América do Sul. Essa foi a primeira reunião presencial entre autoridades de alto escalão dos dois países desde a posse de Donald Trump.
O ministro destacou que ambos os países estão negociando os termos de um entendimento, acreditando que há uma abertura para o diálogo.