Em meio a crise, Galípolo diz ver disposição do governo e do Congresso por soluções fiscais estruturais
Gabriel Galípolo destaca a disposição entre os Poderes para debater soluções fiscais, apesar das tensões recentes com o Congresso. O presidente do Banco Central vê o diálogo sobre medidas estruturantes como um avanço positivo, mesmo após a derrota do governo na derrubada dos decretos do IOF.
Tensão entre o governo Lula e o Congresso se destaca, mas o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vê *disposição* para soluções fiscais.
Na quinta-feira (26), Galípolo afirmou que sempre encontrou abertura dos Poderes para discutir propostas estruturais relativas ao tema fiscal. Ele considera positivo que esse debate esteja em andamento, especialmente sobre como garantir a *sustentabilidade* da dívida pública.
Essa declaração ocorre após a derrota do governo na quarta (25), quando o Congresso derrubou três decretos sobre alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou três alternativas como resposta: ação judicial, nova fonte de receita ou um corte no Orçamento que impactaria a população.
A alta no IOF gerou *tensões* entre Haddad e Galípolo. Em maio, o presidente do BC expressou sua resistência a mudanças no IOF para fins fiscais, argumentando que a medida não deveria ser usada para arrecadação ou apoio à política monetária.
Recentemente, Galípolo esclareceu que sua crítica se referia a potenciais *fricções* na mobilidade de capitais, não ao IOF em geral.