Em meio a crise institucional, narrativa do governo Lula emplaca nas redes
Movimento nas redes sociais critica Congresso e defende taxação de super-ricos. Análise mostra predominância das discussões no X, com forte apoio de perfis alinhados à esquerda.
Movimento crítico ao Congresso ganha força nas redes sociais
O tensionamento das relações entre o governo de Lula e o Congresso resultou em um movimento que pede a taxação dos super-ricos.
Na semana passada, o Congresso derrubou, pela primeira vez em 33 anos, um decreto presidencial que aumentava o IOF.
Uma análise de 976 mil publicações indica que 95% dos discursos críticos estão no X (antigo Twitter), enquanto o Facebook representa 4% e o Instagram apenas 1%.
O período analisado foi de 23 de junho a 3 de julho, com mais de 2,13 milhões de curtidas e 43,8 milhões de impressões.
Principais termos utilizados:
- "Congresso da Mamata" - 502 mil citações
- "Agora é a vez do povo" - 184 mil menções
- "Hugo Motta Traidor" - 238 mil
- "Congresso Inimigo do Povo" - 408 mil
O movimento ganhou tração a partir de 25 de junho, com pico em 2 de julho, sendo majoritariamente impulsionado por perfis alinhados à esquerda e ao PT.
Deputados como Guilherme Boulos (PSOL-SP) compartilharam vídeos que mostram a desigualdade na tributação, com ricos sendo retratados de forma favorável.
O perfil oficial do governo ressaltou: "Nesse cabo de guerra, o governo tem um lado: o lado da classe média e do povo trabalhador que movem o país".