Em meio à crise política, Alcolumbre ‘empurra’ sabatinas de indicados do governo
Tensão entre governo e Congresso pode adiar sabatinas no Senado até o recesso de julho. A falta de consenso sobre as indicações para as agências reguladoras agrava o impasse, mantendo as diretorias com interinos.
Crise entre governo e Congresso pode atrasar sabatinas no Senado até julho.
A derrubada do decreto do IOF provocou o acirramento da situação, afetando as 16 sabatinas pendentes para agências reguladoras.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem adiado as sabatinas devido à falta de consenso nos nomes indicados pelo ministro Alexandre Silveira.
Embora cabe ao presidente Lula indicar os candidatos, um acordo anterior atribuiu essa prerrogativa ao Congresso, resultando em um impasse político.
Alcolumbre afirmou que não há pressa e que a situação depende do governo: "Se vai querer construir um diálogo agora, ou se vai partir para o enfrentamento".
O vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), acredita que o impasse poderá ser resolvido rapidamente, sugerindo um gesto do governo após derrotas recentes.
A crise também impacta indicações para tribunais superiores, como os de Verônica Sterman para o STM e Carlos Brandão para o STJ.
Entre as divergências estão nomeações conflitantes, como a de Guilherme Sampaio para a ANTT e Gentil Nogueira para a Aneel.
Além disso, há um interesse específico de Alcolumbre na ANP, onde a definição de uma nova indicação pode impactar a exploração de petróleo na região.
Os processos estão paralisados, afetando outras agências como Anac, Antaq e Agências de Mineração.
Não houve manifestações dos envolvidos na crise.