Em meio à escalada da guerra, investidores driblam volatilidade da bolsa do Brasil
A incerteza na bolsa brasileira é impulsionada pela escalada do conflito no Oriente Médio, afetando especialmente as ações de exportadoras como a Petrobras. Com o cenário volátil, investidores buscam alternativas mais seguras na renda fixa, enquanto a valorização das ações despenca.
Impacto do Conflito no Oriente Médio Afeta Bolsa Brasileira
Apesar da distância de 11 mil quilômetros, a guerra no Oriente Médio já reflete na bolsa de valores do Brasil.
Na segunda-feira (23), as ações domésticas caíram devido à fuga de investidores dos mercados emergentes. O Ibovespa fechou a 136.550 pontos, após queda de 0,4%. Em junho, a perda acumulada é de 0,35% e, desde o início do ano, a valorização caiu para 13,5%.
A aversão ao risco foi reforçada pela volatilidade do petróleo, que despencou após retaliações do Irã. A Petrobras viu suas ações cair quase 3% com esse cenário. O dólar fechou a R$ 5,50, com perda de 0,4% no dia e queda acumulada de 3,77% em junho.
O contrato do barril de petróleo Brent encerrou com perdas de 7,18%, impactado pela escalada de tensões no Oriente Médio. O economista Alexandro Nishimura observou que a retaliação iraniana pode paradoxalmente levar a um envolvimento mais direto dos EUA no conflito.
A movimentação da carteira do Ibovespa foi de apenas R$ 14 bilhões, abaixo da média diária de R$ 16,6 bilhões dos últimos 12 meses. A renda fixa, com retornos de 15% ao ano, tem atraído os investidores, em um contexto de incertezas.
Embora as ações estejam baratas (P/L abaixo de 9), a volatilidade e as incertezas fiscais afastam investidores. A tendência é de mais oscilações no curto prazo.
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