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Em meio a polêmica, Campos Neto começa no Nubank seis meses após deixar presidência do BC

Roberto Campos Neto inicia nova fase no Nubank após deixar o Banco Central, assumindo a responsabilidade de liderar políticas públicas globais. Sua contratação gera controvérsia no mercado financeiro por sua rápida transição de supervisor para uma fintech que supervisionava.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, iniciou hoje sua nova função no Nubank, após o período de quarentena. Ele será vice-presidente e chefe global de políticas públicas, com assento no conselho de administração.

Desde sua saída do BC, havia especulações sobre sua junção a uma fintech. À frente do BC, Campos Neto impulsionou a agenda de inovação e participou de discussões sobre moedas digitais.

Campos Neto reportará diretamente a David Vélez, fundador e CEO do Nubank. Suas responsabilidades incluem:

  • Apoiar o programa de expansão internacional.
  • Gerenciar o relacionamento com reguladores financeiros globais.
  • Representar o Nubank em fóruns internacionais.
  • Elevar a análise econômica e de risco nas operações do Nubank na América Latina.

A contratação gerou polêmica, pois não é comum um ex-presidente do BC ir diretamente para a iniciativa privada, atuando em um banco supervisionado anteriormente.

Antes, outros ex-presidentes do BC como Goldfajn e Tombini foram para organismos multilaterais, enquanto Meirelles seguiu para a política.

Além disso, Campos Neto enfrentou desconforto no setor financeiro após apoiar a candidatura de Ana Carla Abrão à presidência da associação de open finance. Abrão foi indicada por uma instituição ligada ao Nubank, e isso levou a insatisfações entre os apoiadores dela.

Embora Ana Carla tenha um currículo respeitado, a transição rápida de Campos Neto de supervisor para supervisionado levanta questionamentos no mercado.

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