Em posse, presidente do STM se declara feminista e agradece Lula
Ministra Maria Elizabeth Rocha se torna a primeira mulher a presidir o STM, destacando a importância da representatividade feminina no Judiciário. Em sua posse, ela ressaltou a defesa dos direitos das minorias e a transparência na gestão.
Maria Elizabeth Rocha foi empossada como a nova presidente do Superior Tribunal Militar (STM) em 12 de março de 2025, sendo a primeira mulher a comandar a Corte em 216 anos.
Ela se disse uma “feminista contemporânea” e pediu mais representatividade feminina no Judiciário. Destacou seu agradecimento ao presidente Lula pela indicação em 2007 e pela nomeação da advogada Verônica Abdalla, em 8 de março.
Maria Elizabeth ressaltou que sua gestão priorizará o reconhecimento identitário de minorias, transparência e a defesa do Estado democrático de Direito. O hino nacional foi apresentado pela cantora indígena Djuena Tikuna, simbolizando uma abordagem progressista.
E ela fez referência ao discurso de Claudia Sheinbaum, destacando a importância da união no avanço das minorias.
Maria Elizabeth é a única mulher entre os 346 ministros que passaram pelo STM e foi eleita presidente com 8 votos a 7. Ela assume em um momento crítico, com militares prestes a serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativas de golpe pós-eleições de 2022.
A ministra criticou a proximidade de Bolsonaro com as Forças Armadas e defendeu punições para os envolvidos na trama golpista, ressaltando que a discussão sobre anistia é “precoce”.
O ano terá mudanças na composição do STM, com três ministros se aposentando compulsoriamente e Lula responsável pelas novas indicações. O tribunal julga crimes militares e civis, incluindo delitos de grande gravidade.