Em pré-campanha, Caiado ataca Lula, critica Gleisi e defende anistia do 8/1
Ronaldo Caiado critica a nova composição ministerial de Lula e afirma que o presidente se afastou do centro político. Governador de Goiás também denuncia retaliações e defende anistia para condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, criticou severamente o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e sua nova composição ministerial, especialmente a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Caiado afirmou que Lula “voltou às origens” e rompeu o diálogo com o centro político, afirmando que a nomeação de Gleisi indica uma decisão de endurecer sua linha política.
Caiado alegou estar sendo perseguido politicamente pelo governo federal, citando a retirada de obras de concessão de rodovias em Goiás de programas federais e a recusa de um empréstimo de R$ 700 milhões pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
Em resposta a Lula, que criticou a criminalidade, Caiado disse: “não é só isso” e acusou o governo de promover uma transição de um Estado democrático para um Estado do narcotráfico.
Caiado também associou o PT a uma suposta complacência com o crime, alegando que isso faz parte do eleitorado do partido.
Além disso, negou que sua pré-candidatura dependa da inelegibilidade de Jair Bolsonaro: “Estou aguardando o desdobramento dos fatos, mas isso não pode ser um fator inibidor.”
Ele destacou que foi o primeiro governador a defender a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro, recomendando que a questão seja tratada com a inteligência de Juscelino Kubitschek.