Em qual fundo imobiliário investir com a Selic alta por mais tempo?
Especialistas veem chances de recuperação no setor imobiliário com foco em fundos de "papel" e galpões logísticos. Apesar dos desafios econômicos, os fundos imobiliários ainda apresentam oportunidades de valorização significativas.
IFIX registra ganhos em 2025, após um início difícil. Especialistas preveem um ano melhor para a classe de fundos imobiliários, que teve o terceiro pior resultado da história em 2024.
Oportunidades de investimento estão disponíveis, pois todos os setores estão com descontos. Os fundos de recebíveis imobiliários, ou de "papel", são destacados por Marx Gonçalves, da XP, por terem desconto médio de 7,5% e potencial para aumentar a distribuição de dividendos.
As previsões da XP apontam uma inflação de 6% e uma taxa de juros de 15,5% até 2026. Os fundos de papel apresentam risco baixo e menor volatilidade, tornando-se mais defensivos em cenários incertos.
Para fundos de “tijolo”, o foco está nos galpões logísticos, que estão com demanda consistente, resultando em recordes de ocupação. Apesar de bons resultados, esses fundos também estão com desconto, sugerindo potencial de valorização.
Gonçalves alerta para dois riscos em 2025: a redução da demanda e a inadimplência devido ao aumento da Selic, além do alto volume de empreendimentos em construção.
Os fundos de lajes corporativas estão em tendência positiva, com aumento na ocupação de escritórios em São Paulo, refletindo um crescimento no valor dos aluguéis. Contudo, a desaceleração econômica pode afetar o desempenho desse segmento.
Os fundos de shoppings enfrentam desafios com a inflação e a Selic elevada, que diminuem o poder de compra. Contudo, espera-se que os fundos de shoppings de alto padrão se mostrem mais resilientes devido ao impacto positivo do IGP-M sobre as receitas de locação.
Atualmente, os fundos de shoppings têm desconto médio de 20% e potencial de valorização de 25%.