Em seis meses alternando pânico e euforia, bolsas de NY tomam fôlego e renovam recordes
Bolsas de Nova York enfrentam pânico e euforia, mas encerram semestre com saldo positivo. Expectativas de resiliência econômica e alívio nas tensões comerciais impulsionam recuperação dos índices S&P 500 e Nasdaq.
Primeiro semestre histórico nos EUA: bolsas de Nova York, sob a presidência de Donald Trump, viveram momentos de pânico e euforia e encerraram com saldo positivo.
Os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram máximas históricas no último pregão do mês.
Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, ressalta que o semestre foi marcado por volatilidade, afetado por receios de guerra comercial e aumento de tarifas.
No segundo trimestre, especialmente em maio, houve recuperação significativa, com o S&P 500 subindo 20% desde as mínimas de abril até início de junho, resultando em uma valorização acumulada de 5% no ano.
O índice Nasdaq, impulsionado pela demanda renovada por tecnologia e pela euforia em torno da Inteligência Artificial, também se recuperou fortemente.
Fatores como a moderação das tensões comerciais com a China e novos acordos comerciais, especialmente com o Reino Unido, contribuíram para a recuperação.
Dados econômicos mistos, mas com sinais de resiliência, foram influenciados pela diminuição da inflação, alimentando expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Por outro lado, o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody's gerou preocupações fiscais, impactando o mercado de títulos.
No segundo semestre, Zogbi prevê que a volatilidade persista, com incertezas em tarifas e negociações comerciais. Apesar da moderação da inflação, novos choques podem limitar a flexibilidade do Fed para cortes.
Ela acredita que a resiliência da economia americana, respaldada por inovação e um ambiente regulatório favorável, continuará a ser um diferencial em relação a outras regiões globais.