Em SP, esquerda antecipa 2026 e usa taxação de Trump para atacar Bolsonaro e Tarcísio
Ato na Avenida Paulista mobiliza 15 mil pessoas em defesa da justiça tributária e contra a influência de Trump. Parlamentares de esquerda utilizam evento para criticar Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas em contexto eleitoral para 2026.
Movimentos populares e partidos de esquerda organizaram um ato na avenida Paulista, em São Paulo, na noite de quinta-feira (10), com foco na justiça tributária e críticas ao tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Os parlamentares destacaram os prejuízos econômicos que São Paulo enfrentará devido ao tarifaço, alinhando-se com críticas ao governador Tarcísio de Freitas, considerado um potencial candidato à Presidência em 2026, após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030.
Cerca de 15 mil pessoas participaram do ato, superando os 12,4 mil do ato pró-Bolsonaro em junho. Os organizadores alegaram até 60 mil participantes.
Os discursos enfatizaram a necessidade de taxação de super ricos, o fim da jornada 6x1 e a soberania nacional. Militantes rotularam os apoiadores de Bolsonaro como “traidores da pátria”.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) criticou Trump e Bolsonaro, afirmando que a taxação de 50% será uma oportunidade para unir o Brasil. Guilherme Boulos (Psol-SP) chamou a manifestação de “recado” e criticou Tarcísio por sua aliança com Trump.
Ivan Valente (Psol-SP) e Erika Hilton (Psol-SP) também defenderam a soberania e pediram a prisão de Bolsonaro, acusando-o de crimes contra a democracia.
Carlos Zarattini (PT) e Laércio Ribeiro (PT) reforçaram as críticas ao governador Tarcísio, chamando-o de “fantoches” de Trump e enfatizando que os manifestantes da esquerda são os verdadeiros patriotas.
Faixas no ato pediam a taxação dos ricos e denunciavam a aliança com Trump. O governador Tarcísio não respondeu às críticas até a publicação desta nota.