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Em tempos de ajustes, petismo precisa de inimigos: o setor financeiro é o alvo da vez, indica Dirceu

O ex-ministro José Dirceu intensifica ataques ao setor financeiro como novo alvo político, buscando mobilizar as massas em meio à crise da esquerda. Estratégias populistas revelam a necessidade de oponentes, enquanto problemas econômicos se agravam e podem levar a consequências desastrosas para o país.

Movimentos populistas necessitam de oponentes reais ou imaginários para se manterem. No Brasil, isso é evidente tanto no petismo quanto no bolsonarismo. Com Jair Bolsonaro quase preso e o PSDB em crise, o novo alvo dos petistas é o setor financeiro.

José Dirceu, ex-ministro do PT, criticou a concentração de renda e o que chama de "cartel bancário" em uma carta aos militantes. Ele defende uma radical reforma tributária e financeira, visando a "apropriação da renda nacional" pelo capital financeiro.

A recente movimentação financeira, com a possibilidade de Tarcísio de Freitas assumir o Palácio do Planalto em 2027, intensifica o ataque. Dirceu utilizou a retórica de "inimigo reconhecível" para incitar a ira popular contra os banqueiros.

O atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, escolhido por Lula, pode ser um alvo por divergências com o governo, principalmente sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A carta de Dirceu pode agravar essa situação.

Entretanto, a tática de Dirceu é equivocada do ponto de vista econômico. Ignorar a importância de contas ajustadas e da confiança econômica poderá levar a um aumento da inflação, pobreza e desemprego, relembrando a crise do governo Dilma.

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