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Em um só dia, incerteza sobre IOF adia três captações de empresas

Empresas postergam captações devido à incerteza sobre aumento do IOF. A expectativa é que o Congresso defina rapidamente as propostas fiscais para evitar mais insegurança no mercado de investimentos.

Incertezas fiscais afetam captações no mercado

A expectativa de não aprovação de medidas fiscais pelo Congresso, que aumentam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), levou empresas a adotar um modo “esperar para ver”.

Pelo menos três captações foram adiadas somente na última quarta-feira, antes do feriado. O governo propõe taxar em 5% títulos de renda fixa antes isentos, que também aguardam aprovações parlamentares.

José Alexandre Freitas, presidente da Oliveira Trust, enfatiza que as medidas geraram insegurança fiscal em investimentos de renda fixa, refletindo em operações como debêntures e fundos de recebíveis.

Após o regime de urgência aprovado na Câmara para suspender o decreto de aumento do IOF, o Congresso entrou em recesso informal, deixando empresas em modo de espera.

“Aguardar algumas semanas para captação é o mais razoável”, afirma Freitas. Mesmo empresas que planejam operações até 2026 agora hesitam.

Freitas menciona que a alta de tributos poderia equilibrar as tributações no mercado de capitais, porém, precisa de planejamento gradual para não impactar negativamente empresas e investidores.

O decreto gerou receios sobre uma possível volta da CPMF, e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) já discutem quem arcará com a nova alíquota. A redução da rentabilidade é imediata, e a previsão é de uma arrecadação adicional de R$ 300 a R$ 400 milhões ao ano.

Uma solução poderia ser a cobrança diferida ao longo do FIDC, reduzindo o impacto no mercado.

Publicada em: Broadcast+, 23/06/2025 - 15:07

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