Em uma Europa à deriva sem os EUA, Macron aproveita o momento para liderar

Macron renova liderança europeia em meio a crise global

Após convocação para eleição antecipada e um Parlamento francês dividido, o presidente Emmanuel Macron enfrentou pedidos de renúncia, mas se reinventou como líder europeu central, especialmente após mudanças nas políticas de Donald Trump.

Macron tornou-se um elo entre os líderes europeus, promovendo reuniões frequentes e defendendo a ideia de tropas europeias para apoiar a Ucrânia. A invasão da Rússia e a retirada de apoio dos EUA à Ucrânia deram novos ares às suas propostas de autonomia estratégica para a Europa.

Com o apoio ao arsenal nuclear francês em discussão, Macron buscou compartilhar essa proteção, refletindo desconfiança em relação aos EUA. Recentemente, recebeu comandantes militares de 30 países e determinou um aumento nos gastos militares da França sem novos impostos.

Pesquisas mostram que a popularidade de Macron aumentou, especialmente entre os jovens. A opinião pública francesa apoia sua visão de que a Europa deve se preparar para a defesa própria e não depender dos EUA.

Apesar de críticas internas e desafios práticos, o contexto atual parece validar a visão de Macron desde sua primeira eleição em 2017, fortalecendo sua credibilidade na Europa. “Estamos entrando em uma nova era”, declarou ele, ressaltando que a paz na Europa não é garantida.