Embraer: como o Paris Air Show pode mexer com as ações? Alguns sinais já foram dados
Expectativas crescem para a Embraer com o Paris Air Show, onde novos pedidos significativos podem ser anunciados. Analistas estimam que a empresa pode receber até US$ 5,9 bilhões no segmento comercial e US$ 720 milhões no de defesa.
Expectativas para a Embraer (EMBR3) aumentam com o Paris Air Show que ocorrerá de 16 a 22 de junho.
O JPMorgan está otimista quanto a novos pedidos nos segmentos comercial e de defesa. As ações da Embraer subiram mais de 4% na segunda-feira (9), em contraste com a baixa reação anterior às expectativas do evento.
O ADR da Embraer apresentou alta modesta de 1% antes do evento, impactado pelo pedido de recuperação judicial da Azul e atrasos na Alaska Airlines. No ano anterior, o desempenho foi de +14% antes da Farnborough.
Os analistas projetam novos pedidos de até US$ 5,9 bilhões no segmento comercial e até US$ 720 milhões em defesa para o Paris Air Show.
Durante o Farnborough do ano passado, a Embraer não registrou pedidos relevantes, embora tenha anunciado alguns contratos de serviços. Um aumento de 2% no preço das ações seria esperado para cada US$ 500 milhões em novos pedidos.
A Embraer é negociada a 7,4 vezes o múltiplo de EV/Ebitda para 2026, comparada a 22,9 vezes da Boeing e 10,5 vezes da Airbus.
A AirAsia pode encomendar cerca de 100 jatos regionais, considerando opção entre o Airbus A220 e o E2 da Embraer, potencialmente adicionando US$ 8,4 bilhões ao backlog da Embraer.
Contudo, a Airbus, atual fornecedora da AirAsia, pode ter uma vantagem competitiva.
O JPMorgan também estima que o pedido pode elevar em 30% a carteira de pedidos da Embraer, atualmente em US$ 26,4 bilhões.
O financiamento é considerado crucial para a decisão da AirAsia, e o JPMorgan vê a situação como positiva, mas difícil de prever.