Embraer descarta demissões e busca negociar tarifa zero nos EUA
Embraer reafirma compromisso com o mercado americano e planeja investimentos significativos nos próximos anos. A empresa busca restaurar a tarifa zero, destacando sua importância para a continuidade da produção e manutenção de empregos no Brasil e nos Estados Unidos.
Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, anunciou que não haverá demissões no Brasil em 2025, mesmo após a implementação de uma taxação de 10% sobre as exportações para os Estados Unidos.
A declaração foi feita pelo diretor-executivo Francisco Gomes Neto durante a apresentação dos resultados do 2° trimestre.
A Embraer visa restaurar a tarifa zero, que foi reduzida de 50% para 10%, aliviando o impacto sobre os clientes. A empresa exporta metade de sua produção para os EUA e emprega 18.000 pessoas no Brasil.
A tarifa de 10% representa um custo de US$ 65 milhões (cerca de R$ 350 milhões) e está cobrindo partes de aviões executivos. Apesar das preocupações de uma possível volta à taxa de 50%, o governo dos EUA optou por isentar as aeronaves da taxação.
Em relação aos aviões comerciais, o custo é suportado pelos compradores, elevando o preço. Os EUA representam o maior mercado, absorvendo 70% da demanda por jatos executivos da Embraer.
A Embraer também planeja investir US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) em Dallas e Melbourne até 2030, criando mais 5.500 empregos.
Além disso, a companhia espera um interesse potencial dos EUA por aviões militares, o que poderia gerar mais US$ 500 milhões em investimentos e 2.500 postos de trabalho.
O diretor-executivo está otimista quanto à volta da tarifa zero, citando um saldo comercial positivo de US$ 8 bilhões para os EUA até 2030.