Embraer espera que o Brasil faça com os EUA acordo comercial similar ao do Reino Unido
Embraer busca negociação com os EUA para eliminar tarifas de exportação que dificultam vendas. Presidente Francisco Gomes Neto destaca potenciais soluções e cita reunião positiva com o vice-presidente Alckmin.
Embraer defende negociações com os Estados Unidos para zerar tarifa de 50% sobre exportações.
Em entrevista, o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, destacou os esforços para eliminar a tarifa de 10%, que já havia sido imposta anteriormente.
O executivo citou como exemplo o acordo entre o Reino Unido e os EUA, que zerou tarifas no setor aeroespacial. A reunião em Brasília com o vice-presidente Geraldo Alckmin foi considerada muito positiva.
A Embraer já apresentou sua proposta em diversas reuniões com autoridades dos EUA, ressaltando que gastará US$ 21 bilhões em equipamentos americanos nos próximos 5 anos.
Gomes Neto afirmou que não é possível redirecionar as exportações que seriam para os EUA, pois "avião não é commodity".
Uma opção para reduzir o impacto das tarifas seria aumentar a produção na Flórida, mas isso exigiria tempo e investimento, principalmente para aeronaves executivas.
No entanto, para aviões comerciais, a situação é mais complicada devido à baixa demanda, dificultando modelos de negócios viáveis.
A Embraer manteve sua previsão financeira, mesmo enfrentando a tarifa de 10%. O executivo classificou a tarifa de 50% como "quase um embargo", dificultando exportações.
As ações da Embraer subiram 1,25%, cotadas a R$ 74,56, mas a empresa já registrou uma queda de 7,85% desde o anúncio das tarifas de Trump.