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Embraer respira com isenção das tarifas americanas, mas riscos seguem no radar

Embraer celebra isenção de tarifas sobre exportações para os EUA, mas enfrenta aumento na percepção de risco entre investidores. Apesar de um crescimento robusto em vendas, as ações da companhia estão sob pressão, com recomendações mistas entre analistas do mercado.

Embraer (EMBR3) celebra isenção de tarifas de 50% sobre exportações de aeronaves e componentes para os Estados Unidos, conforme decreto divulgado em 30 de agosto.

No entanto, o aumento da percepção de risco pode afetar o potencial financeiro da empresa, que busca seu melhor ano, segundo Alberto Valério, diretor executivo da UBS BB.

O banco destaca que, mesmo com a isenção, a avaliação de risco da Embraer é maior em comparação a concorrentes como Boeing e Airbus, e isso pode influenciar negativamente o valor das ações.

A UBS BB recomenda venda das ações desde antes das tarifas, considerando que a valorização superou as expectativas de rentabilidade.

No início de 2024, as ações estavam a R$ 20 e subiram 291%, atingindo R$ 78,21, antes de recuarem temporariamente devido à incerteza da tarifa, mas se estabilizaram após a isenção.

A Embraer destaca-se como a única produtora de aviões regionais nos EUA, com forte presença no segmento de jatos particulares e oportunidades no mercado de defesa, com 62 aeronaves militares a serem entregues.

Apesar da UBS BB ver riscos superando retornos, instituições como Santander e BTG Pactual mantêm recomendações de compra, com preços-alvo chegando a R$ 97.

O relatório da Ágora projeta que os resultados do fortalecimento da produção ocorrerão a partir de 2025, destacando a capacidade da Embraer de captar oportunidades no mercado comercial e de defesa.

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