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Emergentes se preparam para “ponto de virada” com tarifas de Trump e mercados reagem

Tarifas elevadas dos EUA impactam severamente economias emergentes, agravando riscos de crédito e deterioração das moedas. As nações asiáticas são as mais afetadas, despertando preocupações sobre um possível rebaixamento das classificações soberanas.

Economias emergentes enfrentam desafios devido ao aumento das tarifas de importação dos EUA, as mais altas em 100 anos. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, afetará especialmente a Ásia e países pobres, sinalizando a possibilidade de deterioração do crédito soberano.

John Denton, da Câmara de Comércio Internacional, destacou a preocupação com o impacto negativo nas perspectivas de desenvolvimento. As tarifas, que vão de 32% a 50%, provocaram temores de uma guerra comercial global.

O banco JPMorgan rebaixou a posição das moedas de mercados emergentes, prevendo prêmios de risco mais altos. Goldman Sachs estimou que as tarifas podem reduzir o PIB da China em 1 ponto percentual, afetando indiretamente os países emergentes.

As economias asiáticas, especialmente do sudeste, foram duramente atingidas. As ações do Vietnã caíram quase 7%, e a moeda local enfrentou sua maior desvalorização.

De acordo com Fred Neumann, do HSBC, cortes nas taxas de juros podem ser esperados na região. A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, alertou para a elevada dívida de muitos países após a Covid-19.

Embora a América Latina e a Africa tenham recebido tarifas mais baixas, há preocupação com o impacto das políticas comerciais. Camboja e Bangladesh enfrentam altas tarifas de 49% e 37%, respectivamente, afetando sua exportação para os EUA.

No entanto, a duração e os efeitos de mudanças comerciais sem precedentes ainda permanecem incertos, levantando questões sobre o futuro do comércio global.

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