Emergentes vão superar todas as outras classes de ativos, diz BofA
Hartnett prevê desempenho superior das ações de mercados emergentes em 2025, impulsionado pela recuperação na China e pela fraqueza do dólar. O analista destaca que a alta do yield dos Treasuries pode impactar negativamente as ações nos EUA.
Michael Hartnett, estrategista-chefe do Bank of America, prevê que ações de mercados emergentes superarão outras classes de ativos em 2023.
Em seu relatório, Hartnett menciona uma perda de força do dólar e uma recuperação na China. Ele destaca que o índice MSCI Emerging Markets (excluindo a China) subiu 20% no último mês, podendo superar os 4.500 pontos.
Hartnett alerta que a alta do yield dos Treasuries de 30 anos pode afetar a recuperação das ações dos EUA, caso ultrapasse 5%. Atualmente, o yield está em 4,9%.
O relatório indica que os trades da “paz” estão superando os da “guerra”, com as bolsas de Teerã e Tel Aviv atingindo máximas históricas. O rublo russo já subiu 41% em 2025, enquanto o petróleo é o ativo com pior desempenho, caindo 12%.
Hartnett compara dois momentos históricos de “dividendos de paz”: na década de 70 com o fim da Guerra do Vietnã e no início dos anos 90 com a queda da União Soviética. Nos anos 70, a volatilidade e a inflação eram elevadas, destacando o grupo “Nifty Fifty.” Nos anos 90, houve privatizações e um bull market.
Ele afirma que os yields dos títulos públicos determinarão se o cenário atual será inflacionário como nos anos 70 ou desinfacionário como nos anos 90. Hartnett prevê um 2025 com rentabilidades menores dos títulos e desinflação.