Emoção incomparável ao cantar: como Elis Regina, que faria 80 anos, reinventou a MPB

Elis Regina: O legado de uma das maiores vozes da MPB

Elis Regina (1945-1982) lançou seu primeiro disco, Viva a Brotolândia, em 1961, mas foi um grande fracasso. A tentativa de transformá-la na sucessora de Celly Campello não teve sucesso, embora a primeira faixa trouxesse uma mensagem profética sobre sua influência na música brasileira.

No dia 17 de março de 2025, Elis completaria 80 anos. Com a vida interrompida por uma overdose aos 36 anos, ela se tornou um ícone da MPB. Especialistas destacam seu caminho autêntico e solitário, longe das correntes musicais da época.

Após alguns fracassos iniciais, Elis foi descoberta em Porto Alegre e se mudou para o Rio durante o golpe militar de 1964. Sua apresentação no Beco das Garrafas e na TV Record alavancou sua carreira, culminando com o sucesso no I Festival de Música Popular Brasileira em 1967.

Elis se destacou pela escolha criteriosa de seu repertório e pela capacidade de inovar a cada disco. Em 1974, o álbum Elis & Tom, em parceria com Tom Jobim, solidificou sua importância na música brasileira.

Apesar de sua rejeição inicial ao rock, Elis se tornou uma artista engajada politicamente. Sua interpretação de O Bêbado e A Equilibrista se tornou um símbolo da resistência durante a ditadura militar. Em 1981, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores.

Elis também era conhecida por seu apurado senso estético ao escolher parceiros e repertório. Casou-se duas vezes, tendo filhos que também se tornaram músicos. Sua morte, em 19 de janeiro de 1982, foi resultado de uma overdose.

O legado de Elis é inegável; ela não apenas transformou a forma de cantar no Brasil, mas também elevou a qualidade das composições. Com seu estilo intenso e emocional, conquistou reconhecimento internacional como uma voz única e influente.