HOME FEEDBACK

Empatia em tempos digitais: reflexões conjuntas sobre IA e saúde

A integração da inteligência artificial na saúde promete transformar a prática clínica, mas exige um novo pacto de confiança entre médicos e pacientes. Empatia e ética devem ser prioridades para garantir que a tecnologia potencialize, e não substitua, a relação humana no cuidado.

Reflexões sobre a Integração da IA na Saúde

Durante o ASCO 2025, focamos na presença da inteligência artificial (IA) na saúde, tanto na prática clínica quanto na pesquisa.

Convergimos em uma ideia: integrar tecnologia, empatia e cuidado é possível de forma ética.

A prática clínica tem se beneficiado da IA como aliada do médico:

  • Organiza informações e acessa dados em tempo real;
  • Sugere condutas baseadas em evidências;
  • Automatiza registros.
Esse uso eficaz libera tempo para a escuta qualificada e construção de vínculos com os pacientes.

A escuta empática se destaca como fundamental na consulta, onde a compreensão das preocupações dos pacientes é crucial.

A IA também oferece suporte em situações de recursos limitados, permitindo que médicos se concentrem no cuidado do paciente.

Na pesquisa clínica, a IA pode:

  • Identificar rapidamente pacientes elegíveis;
  • Conectar pessoas a tratamentos inovadores;
  • Produzir evidências robustas.
Essa agilidade e diversidade beneficiam tanto a ciência quanto quem necessita de cuidados.

Contudo, surgem desafios, como o desconforto causado pela gravação de consultas médicas por pacientes, gerando fragilidade na confiança entre médico e paciente.

Vivemos um paradoxo: muita informação disponível e comunicação distanciada. A IA chegou antes de definirmos novos códigos de convivência.

A empatia deve ser central nessa transformação. A tecnologia deve criar pontes entre dados e decisões, ciência e cuidado, eficiência e humanização.

É vital que o uso da IA siga princípios éticos, diálogo transparente e respeito à experiência humana.

Conclusão: a IA não substitui a empatia, mas pode ampliá-la. O encontro entre inovação e humanidade pode construir um sistema de saúde mais justo e centrado nas pessoas.

Leia mais em poder360
IA