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Empreendedorismo climático sob as lentes de gênero e raça

A proposta da COP30 para enfrentar as mudanças climáticas ignora desafios de gênero e raça, essenciais para soluções efetivas. É fundamental reconhecer o papel das mulheres, especialmente negras e indígenas, na inovação e no empreendedorismo sustentáveis.

A COP30 propõe 30 objetivos-chave para enfrentar as mudanças climáticas no Brasil, mas não menciona claramente questões de gênero e raça. Ignorar as mulheres, especialmente negras e indígenas, compromete a efetividade das soluções.

O Balanço Global (GST) revela que estamos atrasados no enfrentamento da crise climática. As mulheres representam 32 milhões dos 52 milhões de empreendedores no Brasil, mas isso não garante acesso ou equidade.

Desafios enfrentados:

  • Sobrecarregadas com trabalho doméstico e de cuidados.
  • Falta de políticas de fomento e acesso a crédito.
  • Desigualdades raciais ainda mais severas para mulheres negras e indígenas.

Três razões para incluir mulheres na construção de soluções climáticas:

  • Inovação não é neutra: Concentra recursos nas mesmas mãos. Mulheres lideram startups inovadoras e sustentáveis.
  • Mulheres como arquitetas de soluções: Protagonizam arranjos coletivos e negócios sustentáveis nos territórios vulneráveis.
  • Sem políticas afirmativas: O empreendedorismo climático pode se tornar um novo ciclo extrativista, que ignora saberes coletivos.

O Brasil pode liderar no enfrentamento climático, reconhecendo soluções já existentes e retirando barreiras para investimentos. O sucesso da COP30 dependerá da inclusão completa do Brasil.

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