Emprego de verão, rito de passagem para adolescentes americanos, pode estar desaparecendo nos EUA

Adolescentes enfrentam dificuldades no mercado de trabalho de verão

Ugenie Labranche, 16 anos, começou a buscar emprego de verão em janeiro e se deparou com a realidade de que muitas vagas estavam indisponíveis, apesar da promoção nas lojas. Ela se candidatou a mais de uma dúzia de empregos, mas não obteve sucesso.

A taxa de desemprego entre adolescentes aumentou para 13,4% em maio, o que indica que a situação de emprego pode ser a mais difícil em anos. Em 2015, a taxa era de 17,8%, mas começou a cair antes da pandemia.

Cerca de 1 milhão de novos empregos de verão devem surgir, o menor número desde 2010, conforme estimativas. As incertezas econômicas estão levando empresas a adiar contratações, o que impacta forte e primeiro os adolescentes.

O turismo, um dos pilares de emprego para jovens, está em baixa, resultando em menos contratações. Muitos empregadores estão optando por adultos experientes para preencher vagas.

Apesar das dificuldades, adolescentes não desanimam. Buscas por trabalho de verão aumentaram e muitos estão se unindo a clubes como o Boys & Girls Clubs of America, que ajudam com habilidades para o mercado de trabalho.

Adolescentes como Morgan Herb, 16 anos, tiveram que mudar suas estratégias, entregando currículos pessoalmente para conseguir emprego. Shalini Khiani, 17 anos, lutou para encontrar trabalho e aceitou um estágio com menos salário do que no ano anterior.

Labranche sonha em conseguir um emprego que agregue habilidades relevantes para sua futura inscrição na faculdade de Direito. Sua mãe expressa preocupação, desejando que ela encontre um trabalho que a faça feliz.

Resumo: O mercado de trabalho para adolescentes neste verão é desafiador, com aumento do desemprego e restrições de contratações, levando muitos jovens a se reinventar na busca por oportunidades.