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Emprego, renda maior e estímulos impulsionam 3ª alta seguida nas vendas do varejo

Vendas no varejo continuam em ascensão, com aumento de 0,8% em março. A recuperação é impulsionada por renda alta e mercado de trabalho robusto, mas uma desaceleração nos gastos pessoais é prevista ao longo do ano.

Vendas no varejo aumentam 0,8% em março, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento. Considerando o varejo amplo, o aumento foi de 1,9%.

O resultado é impulsionado pela renda recorde e pelo baixo desemprego. Os principais setores em destaque foram alimentos, vestuário e farmácia.

A XP destaca que essas vendas refletem a resiliência do consumo das famílias no início de 2025, embora se espere uma desaceleração gradual nos gastos ao longo do ano.

Rafael Perez, da Suno Research, observa uma leve recuperação da atividade econômica, com crescimento na indústria e serviços. Ele afirma que stímulos ao consumo e um mercado de trabalho sólido ajudarão a mitigar a desaceleração.

Leonardo Costa, do ASA, chama a pesquisa do varejo de forte, considerando a recuperação após um final de 2024 mais fraco.

O Goldman Sachs indica que oito dos dez principais setores tiveram aumento nas vendas. No varejo restrito, o crescimento foi puxado por alimentos/bebidas (+0,4%) e TI (+3,0%).

Na outra ponta, houve quedas em vendas de móveis e combustíveis (-0,4% e -2,1% respectivamente).

André Valério, do Inter, considera o resultado robusto, com melhora nos índices sensíveis à renda e ao crédito, que avançaram 0,9% e 1,2%, respectivamente.

O varejo ampliado teve alta de 1,9% em março, representando 1,6% de crescimento no primeiro trimestre. A recuperação nas vendas de veículos (+1,7%) e material de construção (+0,6%) também foi notada.

Igor Cadilhac, do PicPay, acredita que a expansão do índice pode desacelerar devido à redução de estímulos fiscais e inflação alta, mas a desaceleração será moderada.

A Goldman Sachs antecipa que o varejo se beneficiará das transferências fiscais para famílias de baixa renda, assim como do aumento da renda real.

Vista isso, a XP mantém a projeção de crescimento do PIB no 1º trimestre de 2025 em 1,5%, com expectativa de crescimento anual de 2,3%.

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