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Empresa investigada por lavar dinheiro de compra de sentenças no STJ deve R$ 767 mil à União

Empresa de lobista investigado por lavagem de dinheiro deve R$ 767 mil à União em tributos. Movimentação de R$ 146 milhões entre 2014 e 2024 aponta para envolvimento em esquema de compra de decisões judiciais.

Investigações da Polícia Federal (PF) revelam que a empresa Florais Transportes, ligada ao lobista Andreson Gonçalves, deve R$ 767 mil à União, devido a tributos previdenciários e multas trabalhistas. Documentos mostram que a empresa movimentou R$ 146 milhões entre 2014 e 2024.

A Florais Transportes, sediada em Cuiabá e de propriedade exclusiva de Andreson Gonçalves, é acusada de lavar dinheiro em um esquema envolvendo a compra de decisões no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os valores devidos à União constam na Dívida Ativa, sem possibilidade de contestação.

De acordo com a PF, a empresa desempenha papel central no esquema, com movimentações financeiras consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A investigação começou a partir do assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, cuja análise de seu celular revelou diálogos suspeitos envolvendo desembargadores e o lobista.

Andreson Gonçalves ficou preso por oito meses e, após problemas de saúde, foi solto recentemente. Ele usou tornozeleira eletrônica, e a sua prisão foi justificada pela PF por sua função no comércio de decisões judiciais.

As investigações também apontam vínculos de outro empresário, Haroldo Augusto Filho, com ministros do STJ, incluindo João Otávio de Noronha e Marco Buzzi. Há evidências de que Noronha utilizou uma aeronave privada de Haroldo para participar de eventos, enquanto diálogos entre Haroldo e a filha de Marco Buzzi levantam suspeitas sobre relações indevidas.

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