Empresa responsável por planos de saúde dos Correios também passa por dificuldades financeiras e fala em 'risco' para a continuidade

Postal Saúde, a estatal responsável pelo plano de saúde dos funcionários dos Correios, enfrenta sérias dificuldades financeiras, conforme as Demonstrações Financeiras de 2024. Há risco à sua continuidade operacional.

A Postal Saúde depende financeiramente dos Correios, cujos problemas econômicos a afetam diretamente. A empresa mencionou que a análise do cenário econômico dos Correios é crucial para entender os riscos financeiros.

O risco de continuidade operacional implica na incapacidade da Postal Saúde de honrar seus compromissos financeiros, podendo acarretar a interrupção dos serviços médicos. Essa situação se agravou após a devolução de R$ 221 milhões aos Correios, resultante de uma transação sem sucesso.

Atualmente, a Postal Saúde é mantida por repasses dos Correios e coparticipações dos funcionários. Em 2024, a operadora destinou R$ 2 bilhões para procedimentos médicos de seus 202 mil usuários. Contudo, as Demonstrações Financeiras indicam a necessidade de um lastro financeiro adicional para garantir operações futuras.

Em março de 2022, uma medida alterou o status dos Correios de mantenedores para patrocinadores da Postal Saúde. Entretanto, os Correios reassumiram como mantenedores e isso resultou na devolução dos recursos, afetando severamente a operadora.

A Postal Saúde já suspendeu pagamentos a prestadoras, interrompendo atendimentos em redes conveniadas. A Findect denunciou isso como uma violação ao direito à saúde e à vida, alertando sobre a preocupação com o aumento da contrapartida dos funcionários, que hoje está em 42%.

A situação financeira da Postal Saúde, somada à preocupação com a continuidade dos serviços, gera um clima de incerteza para seus beneficiários.