Empresários criticam governo por alta do IOF: 'Deveria aprender com Milei'
Empresários criticam aumento do IOF e alertam para impacto negativo na inflação e no crédito. Medida pode agravar a situação fiscal do Brasil e aumentar a pressão sobre as taxas de juros.
A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) tem gerado descontentamento entre os empresários. Eles expressam preocupações com o encarecimento do crédito, inflação e a manutenção dos juros altos.
Rubens Ometto, presidente do conselho da Cosan, critica a medida, afirmando que "vai aumentar o custo do dinheiro". A elevação do imposto visa impulsionar a arrecadação e ajuda nas metas fiscais, mas atinge principalmente o crédito das empresas. A previsão de arrecadação é de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 40,1 bilhões em 2026.
Flávio Rocha, presidente do conselho da Riachuelo, considera que a estratégia do governo "já foi testada e reprovada" e prevê expansão da dívida e juros em alta. Ele sugere que o Brasil adote medidas de austeridade como as da Argentina, que incluem cortes em programas sociais.
Ricardo Lacerda, do BR Partners, expressa frustração com a falta de cortes de custos e argumenta que a medida encarecerá ainda mais o crédito. Ele compara a situação a um "caminhão velho" descendo uma ladeira, com direções inseguras.
João Camargo, do grupo Esfera Brasil, menciona a queda da credibilidade da política econômica, citando diversos aumentos de impostos e a necessidade de cortar gastos para evitar um colapso fiscal.
Pablo Cesário, do Abrasca, também critica a medida, afirmando que ela afeta toda a sociedade ao aumentar a tributação e o custo do crédito em um cenário de altas taxas de juros. Ele defende melhorias na eficiência do gasto ao invés de apenas aumentar a carga tributária.