Empresários querem saída diplomática para tarifaço de Trump e temem politização
Empresários alertam para a necessidade de um diálogo estratégico entre Brasil e EUA após sobretaxa de 50% imposta por Trump. A falta de comunicação entre o governo Lula e o setor privado pode agravar a situação diplomática e econômica.
Empresários brasileiros preocupados com a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump sugerem que o governo Lula (PT) procure apoio no setor privado para uma solução diplomática.
Na quinta-feira (10), Trump anunciou a formação de um comitê de empresários para lidar com as tarifas, enquanto o Itamaraty tomará as medidas diplomáticas.
Empresários afirmam que Lula está isolado e não mantém o diálogo de antes. Trump declarou que não conversará com Lula sobre as taxas por agora.
Lula planeja buscar apoio na OMC e no Brics para contestar a taxação.
Representantes do setor privado alertam que uma postura oposta aos EUA pode agravar a situação. Sugestões incluem que Geraldo Alckmin conduza negociações ou que um grande empresário ou ex-político seja convocado.
Fábio Barbosa, da Natura, destaca a importância de um planejamento estratégico antes do início da tarifa em agosto.
Ricardo Lacerda, do BR Partners, critica a mistura de política com comércio, enquanto Rogelio Golfarb sugere uma diplomacia bem formulada.
Horácio Lafer Piva acredita que os prejuízos são inevitáveis e pede cautela nas avaliações.
Lula e aliados associam as consequências da sobretaxa com a oposição, especialmente com Tarcísio de Freitas, que se posiciona como possível negociador com os EUA.
João Camargo, da Esfera Brasil, clama por responsabilidade e diálogo estratégico para proteger os interesses nacionais. Alexandre Ostrowiecki, da Multilaser, sugere uma reaproximação com os EUA para amenizar as tarifas prejudiciais.