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Empresas acumulam bitcoin: estratégia, bolha, corrida digital arriscada?

Empresas como Tesla e Trump Media aumentam investimentos em Bitcoin para diversificar reservas e combater inflação. Especialistas alertam sobre a volatilidade do ativo e os riscos de depender de criptomoedas para o fluxo de caixa.

Empresas Adotam Bitcoin para Diversificação e Atração de Investidores

O grupo de mídia do presidente dos EUA, Donald Trump, e a Tesla, de Elon Musk, estão entre as empresas que compram grandes quantidades de bitcoin.

O objetivo é diversificar reservas, combater a inflação e atrair investidores, segundo analistas.

Além da Tesla, que já aceita pagamentos em bitcoin, a Trump Media planeja oferecer produtos de investimento em criptomoedas.

Outras empresas, como a MetaPlanet, também começaram a investir no ativo digital.

A Strategy, antes chamada de MicroStrategy, detém mais de 600 mil bitcoins, cerca de 3% de todos os tokens existentes. Seu cofundador, Michael Saylor, criou oportunidades de investimento através de ações vinculadas a criptomoedas.

As empresas acumulam bitcoins para diversificar o fluxo de caixa e combater a inflação. Algumas tentam restaurar sua imagem, utilizando um ativo considerado sólido.

A valorização do bitcoin disparou cerca de nove vezes em cinco anos, mas sua volatilidade é quatro vezes maior que a do índice S&P 500.

O preço atual do bitcoin está em torno de US$ 117 mil, impulsionado por grandes detentores conhecidos como "baleias".

Analistas alertam que liquidar grandes quantidades de bitcoin pode causar uma queda acentuada em seu preço. Jack Mallers, da Twenty One Capital, afirma que o mercado precisaria ser inundado para haver uma grande desvalorização.

As ações da Strategy estão com valor cerca de 70% acima do valor de suas reservas em bitcoin, atraindo investidores, mas a sustentabilidade do negócio depende da monetização desses criptoativos.

Se não conseguirem monetizar, especialistas temem que a bolha de investimento em criptomoedas possa estourar.

Atualmente, muitos bitcoins permanecem intocados, o que contradiz sua filosofia original como meio de pagamento descentralizado.

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