Empresas americanas entram em ‘modo de sobrevivência’ com o aumento das tarifas de Trump
Pequenas empresas americanas enfrentam dificuldades crescentes devido às tarifas elevadas impostas pelo governo, com muitos proprietários atolados em crises financeiras e demissões. A situação se agrava com o aumento constante dos custos de importação e incertezas econômicas, levando alguns a considerarem o fechamento definitivo de seus negócios.
Richard May, um veterano da Guerra do Vietnã, lutou para manter sua empresa, MFG Direct USA, após enfrentar um aumento de tarifas de até 83% sobre produtos importados da China, devido à política comercial do presidente Donald Trump.
May, 78, que começou seu negócio em 1990, disse que estava em “modo de sobrevivência” após demitir funcionários e cortar despesas. “Estamos por um fio”, declarou, enfrentando enormes desafios devido à situação econômica.
Apenas seis meses após as novas tarifas, muitas pequenas empresas nos EUA estão às voltas com dificuldades financeiras. Uma pausa nas tarifas entre os EUA e a China não trouxe alívio para os proprietários que já enfrentavam impostos altos. A taxa média de tarifas dos EUA aumentou para 18,6%, o nível mais alto em mais de 90 anos.
Empresas como Howard Miller, fabricante de relógios, e a loja de brinquedos West Side Kids foram forçadas a encerrar suas atividades, citando tarifas que aumentaram os custos. Jennifer Bergman, proprietária da West Side Kids, disse que já era difícil competir antes das tarifas, e agora estava lutando para pagar seu aluguel.
Outros empresários, como Sari Wiaz e Holly Eve, também relataram dificuldades severas. Wiaz viu seus custos aumentarem 25%, enquanto Eve observou que as tarifas elevaram os preços de seus produtos em até 200%.
Stephen R. Landfield, pai de Holly, entrou em contato com a Casa Branca, pedindo reconsideração das políticas tarifárias, afirmando que as pequenas empresas são cruciais para a economia e estão sendo injustamente afetadas.