Empresas brasileiras captam ao menor custo histórico no exterior
Companhias brasileiras se beneficiam de novo apetite de investidores estrangeiros por ativos fora dos EUA, com captações no exterior alcançando níveis recordes. Com a demanda crescente e a redução das emissões internas, o custo da dívida tem apresentado quedas significativas.
Companhias brasileiras estão se beneficiando com a mudança dos investidores estrangeiros, que estão diminuiando a exposição a ativos norte-americanos e procurando oportunidades em outros países.
A redução nas emissões externas por empresas brasileiras é um fator importante, com o mercado doméstico absorvendo mais prazos maiores e montantes elevados de papéis.
Esse cenário resulta em uma menor pressão nos retornos que as empresas têm que pagar aos investidores.
A Gerdau foi pioneira, levantando US$ 650 milhões com custo recorde em junho. A JBS USA também fez história esta semana ao emitir US$ 3,5 bilhões em títulos garantidos.
O Tesouro Nacional captou US$ 2,75 bilhões, com demandadas máximas em sete anos.
Um banqueiro anônimo afirmou que o prêmio médio para bonds de empresas brasileiras de primeira linha está em território negativo, com expectativa de que mais empresas captem com prêmios recordes de baixa.
Empresas como Vale e Petrobras têm buscado também o mercado de dívida local.
No total, de janeiro até agora, as empresas brasileiras captaram US$ 20,25 bilhões no mercado externo, e a previsão é que outras companhias aproveitem o apetite externo antes das férias do Hemisfério Norte em agosto.
Em julho de 2024, destacam-se também as emissões da Raízen (US$ 750 milhões) e Latam (US$ 800 milhões).
Fonte: Broadcast+, 27/06/2025, às 11:04.