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Empresas de carros voadores pausam projetos em meio a turbulência financeira no setor

O cofundador da Lilium anuncia o fim das atividades da empresa após uma década de operações. O setor de eVtols enfrenta incertezas e paralisia de investimentos, levantando preocupações sobre o futuro dos carros voadores.

Cofundador da Lilium encerra atividades da fabricante de eVtols

No fim de 2024, Patrick Nathen, cofundador da Lilium, anunciou o encerramento das operações da empresa após mais de dez anos. A aquisição de ativos por um consórcio de investidores não foi suficiente para sustentar a fabricante.

Nathen expressou sua frustração no LinkedIn, afirmando que a energia e empolgação do início do ano se transformaram em desespero ao ver sua equipe deixar a empresa.

A situação da Lilium reflete uma crise mais ampla, com fabricantes de eVtols enfrentando dificuldades financeiras e incertezas no setor. A Azul já havia firmado parceria para operar eVtols da Lilium, mas não divulga detalhes.

A Airbus também pausou os investimentos no CityAirbus NextGen, com o presidente da empresa na América Latina confirmando a espera em suas operações.

A Volocopter anunciou uma reorganização com a Diamond Aircraft Group para ampliar seu portfólio e cortar custos, mirando metas de certificação até 2025.

De acordo com Paul Malicki, da Flapper, a certificação das aeronaves exige investimentos significativos. Ele prevê que apenas cinco dos mais de 600 projetos de eVtols cheguem ao mercado.

O CEO da MundoGEO, Emerson Granemann, ressaltou a necessidade de empresas financiar suas operações para sobreviver em um setor em consolidação.

A Eve, controlada pela Embraer, pode ter vantagem com 2.900 encomendas e um bom histórico de inovação. A fabricante planeja o primeiro voo de seu eVtol para meio de 2025 e busca certificações com a Anac e a FAA.

Atualmente, a Eve está posicionada em sétimo lugar no AAM Reality Index, enquanto a chinesa EHang ocupa o primeiro lugar, já tendo obtido certificação em seu país.

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