Empresas de cruzeiros apostam em clubes exclusivos na praia para expandir negócios no Caribe
Royal Caribbean investe em clube de praia nas Bahamas, prometendo criar 400 empregos e parceria com locais. Entretanto, moradores expressam preocupação com a exclusão econômica e a influência estrangeira sobre suas terras.
Royal Caribbean está desenvolvendo um clube de praia nas Bahamas, em Paradise Island, com inauguração programada para dezembro.
O projeto de US$ 165 milhões contará com:
- Três piscinas
- Maior bar aquático do mundo
- Áreas temáticas na praia
O objetivo é oferecer uma vibração autêntica bahamense, com arte local, música e culinária.
Essa iniciativa faz parte de uma nova tendência de clubes de praia exclusivos entre companhias de cruzeiros, em resposta à alta demanda por cruzeiros e megaships.
Além dela, a Carnival está construindo o Celebration Key, que será inaugurado na Ilha Grand Bahama.
Apesar das oportunidades, há resistência entre os bahamenses, que temem a exclusão de seus próprios territórios. Ray Jacobs, vendedor local, criticou o impacto nos negócios de turismo tradicionais.
Para abordar essas preocupações, a Royal Caribbean fez parceria com o governo, garantindo 49% de participação para os bahamenses e 1% dos lucros para melhorias nas atrações locais.
Serão aproximadamente 400 empregos oferecidos a locais e contratos para empresas locais em diversos serviços.
Entretanto, empresários locais, como Toby Smith, se sentem prejudicados. Ele denunciou que sua proposta de clube de praia foi despriorizada em favor da Royal Caribbean, mesmo tendo iniciado o processo em 2012.
O ex-ministro do Turismo, Dionisio D’Aguilar, defendeu a proposta da Royal Caribbean como benéfica ao povo bahamense, resultando em diversas oportunidades de serviço.
Smith entrou com uma ação judicial, e seu caso será analisado pelo Conselho Privado de Londres.