Empresas dos EUA antecipam pedidos à China após trégua comercial
Empresas americanas se preparam para aumentar as importações da China nas próximas semanas, aproveitando a redução temporária das tarifas. A medida busca evitar desabastecimento nas prateleiras durante a importante temporada de festas de fim de ano.
Empresas americanas estão se apressando para importar mercadorias da China em 90 dias após acordo para reduzir tarifas.
A partir de 14 de agosto, as tarifas sobre produtos chineses foram cortadas de 145% para 30%, iniciando discussões para aliviar tensões comerciais.
Varejistas de brinquedos, roupas e outros bens já solicitaram a liberação de pedidos e novas encomendas. Molson Hart, da Viahart, transferiu produção para o sudeste da Ásia e planeja aumentar o estoque de produtos.
“Trinta por cento é um bardo enorme, mas viável”, disse Hart, referindo-se às novas tarifas.
Rick Woldenberg, da Learning Resources, também solicitou novos pedidos, embora tenha destacado os altos custos. “Estamos apenas tentando seguir em frente aos trancos e barrancos”, afirmou.
As fábricas chinesas intensificaram a produção com a retomada dos pedidos americanos. Além disso, fornecedores de roupas e calçados da Ásia planejam novos pedidos.
Matthew Shay, da Federação Nacional do Varejo, acredita que a pausa tarifária ajudará os varejistas a se prepararem para as compras de fim de ano, já que há preocupações sobre prateleiras vazias em novembro.
Após reunião na Suíça, os EUA e a China decidiram reverter tarifas, incluindo uma redução das tarifas dos pacotes de menor valor de 120% para 54%.
Aumento na demanda por mercadorias chinesas está redirecionando as empresas de transporte marítimo para convenções transpacíficas, com expectativa de alta de 20% nos fretes.
Peter Sand, da Xeneta, destaca que os próximos 90 dias oferecem uma oportunidade para importar, mesmo com tarifas elevadas.