HOME FEEDBACK

Empresas dos EUA que compram café do Brasil dizem que não devem renovar contratos

Empresas norte-americanas buscam alternativas ao café brasileiro devido à alta tarifa imposta por Trump. O comércio de café entre os EUA e o Brasil enfrenta uma estagnação significativa, com torrefadores relutantes em mudar suas misturas tradicionais.

Exportações de café dos EUA evitam negócios com o Brasil

Após a imposição de tarifa de 50% pelo presidente Donald Trump, as empresas americanas estão evitando novos contratos com o Brasil, o principal produtor mundial de café.

De acordo com corretores e exportadores, os negócios entre os EUA e Brasil estão "estagnados completamente". Compradores estão buscando flexibilidade nos contratos existentes e solicitando prazos de envio mais longos, na esperança de que as tarifas possam ser reduzidas.

A tarifa de 10% foi anunciada em abril e elevada para 50% em agosto. Trump alega que está em conflito comercial com o Brasil devido à "perseguição politicamente motivada" ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Zaza Coffee, por exemplo, está trocando grãos brasileiros por cafés de América Central, Peru e México, prevendo uma possível mudança nas tarifas nas próximas semanas. Contudo, a maioria dos torrefadores resiste a alterar suas misturas tradicionais.

O Brasil é vital para os EUA, representando um terço das importações de café não torrado, especialmente do café arábica. Cafés alternativos de Colômbia, Vietnã e Honduras podem se tornar mais relevantes, mas a diversidade é limitada.

Os EUA podem aumentar importações de Indonésia e Uganda, que possuem tarifas menores. A mudança para fora dos grãos brasileiros pode beneficiar o mercado europeu e chinês, encarecendo o café para os consumidores americanos.

Torrefadores menores, como a Gregorys Coffee, já estão enfrentando os desafios das novas tarifas, com preocupações sobre repassar custos para os clientes. "50% parece impressionante e intransponível", afirmou a diretora de café da Ritual Coffee Roasters.

Leia mais em folha