Empresas não-financeiras veem 'deterioração significativa' da situação econômica atual, aponta Firmus

Empresas brasileiras enfrentam deterioração econômica e baixa expectativa de resultados. Pesquisa do Banco Central revela aumento nos custos e sobressaltos nos preços nos próximos meses.

A avaliação das empresas não-financeiras do Brasil indica deterioração significativa da situação econômica entre novembro e fevereiro.

A pesquisa trimestral Firmus, divulgada pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (28), revela:

Diminuição do otimismo sobre o desempenho do setor;
Piora nas expectativas para as margens de resultados nos próximos 12 meses.

Participaram da pesquisa 156 empresas, com coleta entre 10 e 28 de fevereiro. O levantamento reflete a percepção das empresas sobre seus negócios e variáveis econômicas que impactam suas decisões.

Dentre os destaques:

Mais de 80% esperam crescimento dos custos de mão de obra acima de 4%;
A maioria projeta aumento acima de 4% nos custos com insumos;
Redução na expectativa de ajuste nos preços dos produtos em relação à inflação após duas rodadas de expansão.

As projeções medianas para o IPCA são:

5,5% para 2025;
4,5% para 2026;
4% para 2027.

A meta de inflação é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A estimativa para o crescimento do PIB deste ano é de 2%.